APRESENTAÇÃO


Bacharel em Matemática pela Universidade de Brasília (1976) e Doutor em Química (Físico-Química) pela Universidade de São Paulo (1981). Pós-Doutoramento na The Queen's University of Belfast (UK, 1982), Purdue University (EUA, 1987) e University of Houston (EUA, 1999). Foi contratado no Departamento de Química da UFSCar em 1980. Trabalhou também no Departamento de Física da UFPE (1985-1986) e no Instituto de Química da UNICAMP (1994-1995). Atualmente é professor Associado IV da Universidade Federal de São Carlos. Possui experiência na área de Química, com ênfase em Química Teórica, atuando principalmente nos seguintes temas: utilização de métodos de química quântica, Monte Carlo e dinâmica molecular para estudar termodinâmica de líquidos e processos químicos em solução, incluindo moléculas & sistemas de interesse biológico. Atua também no desenvolvimento de software para simulação computacional, sendo considerado um dos pioneiros no desenvolvimento desta área de pesquisa no país. Orientou 11 dissertações de Mestrado e 12 teses de Doutorado. Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Química da UFSCar de 1992-1993 e 2010-2011. Coordenou a organização do VII Simpósio Brasileiro de Química Teórica (1993). Na Sociedade Brasileira de Química (SBQ) foi Diretor da Divisão de Físico-Química (1994-1996) e Secretário Geral de Maio/1996 a Maio/1998; Membro do Comitê Organizador do XIV Simpósio Brasileiro de Química Teórica (2005-2007); Membro do Comitê de Química da CAPES no período de 2000-2009. É membro do Conselho Fiscal do PROIFES-FEDERAÇÃO. Em atividades culturais, apresenta semanalmente deste maio de 2007, o programa A arte do Blues na Rádio UFSCar 95,3 FM e www.radio.ufscar.br.

domingo, 18 de setembro de 2016

Lula: começando a entender o imbróglio ideológico que o tragou.


Em fala recente, o Sr. Lula da Silva atacou o funcionalismo público em geral. Não vejo nesta atitude um mal em si, mas o prenúncio que este senhor começa a entender o imbróglio em que se meteu. Sua ira vai se tornar ainda maior à medida que, acredito, ele perceber a dificuldade para consertar o estrago realizado.

Lula apareceu para a sociedade brasileira como um líder sindical, comprometido com reivindicações de classe: melhores salários, condições de trabalho, etc. À medida que sua ação repercutia e aglutinava os operários, chamou a atenção de parte da esquerda, constituída em sua maioria por professores e alunos de universidades públicas paulistas, alguns artista, etc. Em sua maioria, uma turma ideologicamente atrasada, que não havia refletido sobre os erros do stalinismo (denunciados por Nikita Khrushchov em 1956, criticas que foram abafadas pela liderança do Partido Comunista no Brasil). Uma turma que misturava os erros burocráticos e cruéis do stalinismo soviético com as sandices não menos cruéis da revolução cultura chinesa. Imagine este caldo cultural embalado pela aventura da revolução cubana. Anexando os adeptos do projeto de revolução universal do trotskismo, o caldo de cultura esta completo. Este grupo, dentro das premissas do Marxismo Leninismo, viu no Sr. Lula da Silva o Moisés que guiaria o povo escolhido, a classe operaria, à terra prometida. Este grupo funda o PT e arroga para si o monopólio de condutor único do país para o revolução social. Qualquer semelhança com o modus operandi de uma religião de fanáticos não é mera coincidência, o que explica o horror desta turma a outras manifestações religiosas. Encurtando a história, como diria o próprio Marx, repetiu-se aqui, como farsa, a corrupção generalizada de valores, morais e administrativos, que aconteceu na URSS e países satélites do Leste Europeu. Uma reflexão sincera sobre os erros que culminaram com a derrocada da União Soviética teria evitado o imbróglio atual da esquerda brasileira.

Enfim, o Sr. Lula da Silva começa e entender que se, ao invés de “comissários do povo” do estilo José Dirceu e seu time de universitários, tivesse ouvido intelectuais legítimos como Darcy Ribeiro e jovens revolucionários como Fernando Gabeira, só para exemplificar, poderia ter chegado ao século XXI e ao seus setenta anos de vida como um Nelson Mandela da latinidade. O Sr. Lula da Silva talvez entenda que sua bronca não é com o funcionalismo público em geral. Sua ira deve ser dirigida ao subconjunto deste, formado pelos guias acadêmicos que odeiam a classe média, pelos bajuladores de plantão, pelas lideranças sindicais que, notadamente no meio universitário, ao invés de promoverem o debate cosmopolita de ideias, engendraram pelo caminho tortuoso e fratricida da via stalinista. Para a grande maioria da sociedade brasileira a ficha já caiu. O Sr. Lula da Silva está aprendendo com as ruas.

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bons filmes sobre o declínio moral e material da URSS e seus satélites

- Quando papai saiu em viagem de negócios

- A vida dos outros